Tokyo

Dia 21 chegamos em Tokyo, deixamos as malas no hotel e fomos para Ginza (fala-se “guinza”), uma bairro famoso em Tokyo pelas lojas de marca e restaurantes.

Eu queria passar em Ginza no domingo, porque a rua principal por lá fica fechada para carros nesse dia.


Como a gente estava cansado, nem aproveitamos muito. Só passei no prédio da Sony, que tem vários andares com lançamentos e muita coisa interessante. Testamos lá uma handy cam 3D. Enquanto filmávamos, víamos em 3D (com os óculos), na televisão, o que estava sendo filmado. Funciona muito bem.

Jantamos perto do hotel e dormimos.

No dia 22 o plano era ir no parque Ueno, que é muito grande e tem museus, zoológico e outras coisas mais.


O parque é interessante, como um Central Park daqui. Mas, era segunda-feira. E aqui os museus e o zoo não abrem na segunda. Falha no meu planejamento…

Então, andamos de pedalinho no lago do parque e fomos para Akihabara, outro bairro muito famoso de Tokyo, esse por causa dos eletrônicos.

Tinha lido que se fosse para escolher uma loja em Akihabara era para pegar a Yoyobashi Camera. A loja é um prédio muito grande com tudo que você pode precisar. Fomos só lá e realmente tem de tudo. Muito bom.

De lá fomos para Ginza para jantar em um reconhecido restaurante de sushi. Vale aqui um parêntesis, também. Tokyo tem, provavelmente, a maior concentração de ótimos restaurantes no mundo. É, por exemplo, disparada a cidade com maior número de restaurantes 3 estrelas no Guia Michelan (tem 17, enquanto Paris tem 10).  O restaurante que escolhemos tem 1 estrela no Guia Michelan e já foi uma experiência única. Inesquecível.

Meu japonês posto à prova

Nesse mesmo dia 20, como sobrou um tempo, resolvemos dar uma passada no palácio do imperador.

Como não estava nos meus planos, não fazia ideia de como chegar lá. Resolvemos, então, pegar um taxi.

Aqui cabe um parêntesis: eu estou realmente muito feliz com o meu japonês. Tenho conseguido falar em japonês em quase todas as situações, conversando, tirando dúvidas, perguntando como chegar em algum lugar, etc.

Sei que devo falar que nem um índio, mas toda hora alguém elogia meu japonês (em japonês) e digo que não, nada disso, mas no fundo fico todo orgulhoso, é claro.

Até que entrei nesse taxi a caminho do palácio do imperador, quando conheci o japonês mineirinho, do interior.

Não conseguia entender uma palavra do que ele dizia. Quando ele tentava o inglês, pior ainda…

E o pior é que ele gostava de falar! Quando falei que era do Brasil ele começou a falar do Neymar, Ayrton Senna, Pelé… Cada nome desse levei minutos para entender. E algumas horas tinha a nítidida impressão que nós dois estávamos em conversas paralelas. Falando de assuntos completamente diferentes. Cada vez que ele fazia uma pergunta eu suava frio…

Pelo menos chegamos ao palácio (eu já tinha dúvidas se a gente chergaria lá).

Nem valeu o esforço, porque ele é fechado para visitações. São jardins muito grandes e bonitos e um grande muro que cobre todo o palácio. Valeu pela experiência com o mineirinho.


O (muro do) palácio do imperador

PS: falando de línguas, mais um causo. Hoje (23/10), em um café, um casal de americanos começou a falar conosco em inglês e o americano uma hora perguntou:
– Você é Sul Africano?
Eu disse que não, que era brasileiro.
E ele disse:
– Eu achei que fosse, pelo seu sotaque britânico.
E eu respondi:
– Obrigado

Mais uma rodada?

Sábado, dia 20, mais uma rodada de templos em Kyoto… templo é o que não falta por aqui.

Antes, passamos em um parque (com um templo) em frente ao nosso ryokan.

Do parque, fomo para o templo Tofukuji. O templo é conhecido como um dos mais bonitos no outono.

Mais uma vez, as cores não estavam perfeitas, mas o visual era fantástico.

De lá, paramos para almoçar e fomos para mais um templo. Ou pelo menos um local religioso importante: o Fushimi Inari Taisha.

O lugar é famoso pela enorme quantidade de portais torii (nas fotos fica claro do que estou falando) subindo uma montanha de mais de 230 metros.

A quantidade é absurda. Deve estar na casa de dezenas ou centenas de milhares de portais.

Como eu não sabia o tamanho, fomos subindo, subindo e subindo cada vez mais a montanha pelo caminho de portais, passando por dezenas de altares, até que desistimos e descemos.

Agora eu sei que são umas 3 horas para completar a subida, e não chegamos nem perto da metade do caminho. Mal conseguia andar, quando chegamos de novo na base da montanha.

A quantidade de portais realmente impressiona. Cada um com textos diferentes, esculpidos e pintados de preto. Impressionante.



Um chopp no almoço, antes de começar a subida

 


 

 

Templo de Kiyomizudera

Dia 19 ainda rendeu mais um templo.

Saindo no mercado, à tarde, fomos ao Templo de Kiyomizudera. O templo é conhecido pela vista da floresta.

É realmente muito bonito, tanto o templo quanto a vista. Mas, apesar de ser outono, uma das épocas mais bonitas por aqui, as árvores não estão ainda nos tons de vermelho característicos que eu esperava ver. Mesmo assim, foi muito legal.


Em um bairro tradicional, a caminho do templo


Mais uma a caminho do templo


Multidão chegando ao templo


A Renata com um casal de japoneses, bem simpáticos


Tudo bem sinalizado. Não tem como um turista se perder por aqui, não é?


 

A Cozinha de Kyoto

Ainda no dia 19, depois do Templo de Ouro, fomos para o Mercado Nishiki, também conhecido (merecidamente) como a “Cozinha de Kyoto”.

A variedade de peixes, doces e comidas em geral é impressionante. Tanto pela diversidade da comida, como pelas cores e pelo aspecto tradicional.

Fomos andando, tirando fotos e experimentando as coisas pelo caminho.


Mercado Nishiki

Andando por lá encontramos algumas coisas surpreendentes (para não dizer bizarras), como o pequeno polvo “caramelizado” no palito, que não pude deixar de experimentar… e não é que é bom 🙂

Para fechar com chave de ouro, comemos uma sobremesa em um restaurante por lá que estava simplesmente deliciosa. Não era típica japonesa, porque doce não é a especialidade por aqui, mas era fantástica. Era de morango com sorvete, sucrilhos, chantilly e calda de chocolate. Não sei porquê, mas achamos o chantilly deles bem melhor do que o que encontramos no Brasil.

E para encerrar o post, uma foto que tiramos, perto do mercado, de duas mulheres vestidadas com roupas tradicionais japonesas. Não é tão comum, mas vemos pessoas vestidas assim de vez em quando.

 

 

 

O Templo de Ouro

Cheguei ao dia 19 (ainda 3 dias atrasado nos posts)!

Nesse dia fomos de manhã ao famoso Kinkakuji ou Templo de Ouro.

E ele é exatamente isso: um templo (muito bonito) todo coberto de ouro. Por isso, a visitação é proibida e só podemos ver de longe.

A visita é rápida, mas o templo é realmente lindo. Visita obrigatória para quem passa por aqui.

 

Tarde em Kyoto

Ainda na quinta, dia 18, chegamos à tarde em Kyoto e fomos direto para o Ryokan.

Ryokan é uma hospedagem tradicional japonesa. Você é o tempo todo atendido por pessoas em trajes tradicionais, fica em um quarto bem tradicional, com chão de tatame, sala de banho (chuveiro e banheira) separada da sala com o sanitário, entre outras coisas.

É uma experiência muito interessante. O Kikokuso (ryokan em que ficamos) é administrado por uma família. A senhora que nos servia o tempo todo, vestida como uma gueixa, era muito simpática. Os outros “funcionários” eram o marido, a filha e o filho dela.


Renata em frente ao ryokan Kikokuso, onde ficamos


Nosso quarto já com a “cama” preparada

Depois que chegamos e deixamos as coisas no quarto, resolvemos dar uma passada na Tozando, uma loja tradicional de espadeiros japoneses.


Tozando, fabricante de espadas tradicionais

A loja é fantástica e fomos muito bem atendidos. Acabei comprando uma faca feita a mão e, não resisti, e comprei uma espada.

Não é uma espada original fabricada com as técnicas tradicionais. Essas são absurdamente caras. Comprei uma outra, feita também por eles, mas com a lâmina de aço moderno, industrial. Na verdade, segundo eles, os praticantes de espada japonesa usam normalmente essas espadas modernas (imitações das tradicionais) até graduações bem avançadas (preta, terceiro dan). Só depois de muitos anos alguns investem em espadas tradicionais originais.

A espada é linda, mas não tirei fotos para não tirar da embalagem protegida que eles fizeram para a viagem.

Depois da compra eles deram a dica de passar no Centro de Budo de Kyoto, que ficava perto de lá. Ótima dica.

Lá estava começando uma aula de iaido (saque de espada), que eu também treinava um pouco aos sábados, depois do karate.

O lugar era bem legal e o treino foi muito bom.

Manhã em Osaka

Quinta, dia 18, decidimos ficar mais uma manhã em Osaka,  para ver mais museus e
almoçar em um restaurante de kani (carangueijo) por lá.

Fomos primeiro no Museu de Ciências. Lá assisimos a uma sessão do planetário (toda
em japonês, é claro), falando sobre as constelações.

O museu em si é mais para crianças. Interessante, mas não aconselharia visitar.


Museu de Ciências de Osaka

O mesmo vale para o Museu de Artes. Não valeu a visita. Não tinha quase nada e o que tinha era arte contemporânea (e pouca coisa).

Acabamos não almoçando o carangueijo e decidimos ir direto para Kyoto.

A caminho da estação de trem, descobrimos o quanto são grandes as estações de metrô em Osaka.

Na verdade, em Namba (bairro que ficamos) a estação é quase um bairro completo embaixo da terra. Um espaço gigantesco, com restaurantes lojas e tudo mais. Acho que fazem isso por causa do frio. Você tem outra cidade lá embaixo.


Galeria dentro da estação de Namba

Depois de andar muito dentro da estação de metrô, chegamos na estação de trem e fomos para Kyoto.

 

Centro de Artes Marciais e o famoso fugu

Ainda no dia 17, fomos a um centro de treinamento de artes marciais, nos jardins do castelo, e assistimos a uma aula de judo e uma de kendo, para crianças. Muito interessante!

 

E esse dia foi longo…

Osaka é famosa pelos restaurantes e pela noite, então fomos para a famosa rua Dotonburi e jantamos em um restaurante referência em fugu. Fugu é um baiacu, extremamente venenoso e que só pode ser servido em restaurantes autorizados e fiscalizados pelo governo.

Comi fugu de todas as formas (sashimi, cozido, frito, pele etc). Não é nada fantástico, mas é gostoso e você só vai comer isso por aqui.

Abaixo algumas fotos da Dotonburi…



Essa foi tirada em frente à Zuboraya (casa de fugu)

 

 

O castelo e o museu de Osaka

Como o dia 17 foi longo, vou dividir em 2 posts.

De manhã, fomos ao Castelo de Osaka, um dos mais importantes do Japão.

No século XVII, quando o Japão começou sua unificação (e se fechou para o mundo por
mais de 300 anos), no Castelo de Osaka, uma das maiores batalhas da época (Batalha
do Verão) foi travada.

O castelo é incrível. São 3 círculos externos de fosso e muros enormes e um castelo
realmente muito bonito.

A escala e a beleza são impressionantes. Mas, mais uma vez, parte do castelo estava
em reforma. Uma pena. Mesmo assim foi uma experiência única.


Ainda no castelo, tirei uma foto vestido de samurai (ou algo parecido). Não resisti 🙂


Depois fomos ao Museu de História de Osaka, um dos melhores que já fui.

A gente andava por cenários de tamanho real e maquetes incrivelmente realistas dos
diversos momentos históricos de Osaka. Inacreditável. Difícil escolher que fotos não colocar (acabei botando muitas).



O prédio da frente é o museu