Nesse mesmo dia 20, como sobrou um tempo, resolvemos dar uma passada no palácio do imperador.
Como não estava nos meus planos, não fazia ideia de como chegar lá. Resolvemos, então, pegar um taxi.
Aqui cabe um parêntesis: eu estou realmente muito feliz com o meu japonês. Tenho conseguido falar em japonês em quase todas as situações, conversando, tirando dúvidas, perguntando como chegar em algum lugar, etc.
Sei que devo falar que nem um índio, mas toda hora alguém elogia meu japonês (em japonês) e digo que não, nada disso, mas no fundo fico todo orgulhoso, é claro.
Até que entrei nesse taxi a caminho do palácio do imperador, quando conheci o japonês mineirinho, do interior.
Não conseguia entender uma palavra do que ele dizia. Quando ele tentava o inglês, pior ainda…
E o pior é que ele gostava de falar! Quando falei que era do Brasil ele começou a falar do Neymar, Ayrton Senna, Pelé… Cada nome desse levei minutos para entender. E algumas horas tinha a nítidida impressão que nós dois estávamos em conversas paralelas. Falando de assuntos completamente diferentes. Cada vez que ele fazia uma pergunta eu suava frio…
Pelo menos chegamos ao palácio (eu já tinha dúvidas se a gente chergaria lá).
Nem valeu o esforço, porque ele é fechado para visitações. São jardins muito grandes e bonitos e um grande muro que cobre todo o palácio. Valeu pela experiência com o mineirinho.

O (muro do) palácio do imperador
PS: falando de línguas, mais um causo. Hoje (23/10), em um café, um casal de americanos começou a falar conosco em inglês e o americano uma hora perguntou:
– Você é Sul Africano?
Eu disse que não, que era brasileiro.
E ele disse:
– Eu achei que fosse, pelo seu sotaque britânico.
E eu respondi:
– Obrigado