Homenagem ao Carlos e à Deborah

Não falei para vocês da surpresa que preparei para a Renata, inspirado no Carlos.

A cada cidade que a gente chegava o quarto parecia menor, se é que isso era possível.

Mas, aqui em Okinawa, fiz uma surpresa para a Renata…

Reservei um quarto tão grande que a gente conseguiu abrir uma mala (média) no chão!

Brincadeiras à parte, a viagem de vocês foi incrível. Acompanhamos de perto aqui do Japão!

Até logo…

Aquário em Okinawa

É… tá chegando a hora… amanhã é o nosso último dia por aqui. Mas, com certeza, aproveitamos muito.

Parece até que estamos aqui há meses.

E hoje (terça, dia 30) o dia foi muito bom.

O nosso objetivo era ir ao aquário, e como ele fica longe daqui, fomos de ônibus. Foram mais de 3 horas de viagem, com baldeação em Nago, para chegar no Parque Oceânico, onde fica o Aquário Churaumi, um dos maiores do mundo.

ATUALIZAÇÃO: o aquário de Okinawa é atualmente o terceiro maior do mundo (em volume de água), perdendo apenas para o aquario de Atlanta e o de Dubai (também já estivemos nesse). Apesar de ter a maior janela de observação já construída.

O esquema dos ônibus é bastante interessante. Você entra e uma máquina te entrega um papelzinho com o número do ponto que você subiu e, na parte da frente do ônibus, fica uma espécie de taxímetro com diversos valores, um para cada número de ponto. No final, apesar de demorado, foi fácil chegar e voltar.

Chegamos no parque já de tarde e aproveitamos para almoçar em um restaurente muito bom que tem por lá, com comidas típicas de Okinawa.

Depois, entramos no aquário.

O aquário é realmente incrível. Tanques em que você podia tocar os seres vivos e diversos pequenos aquários com composições de corais e peixes muito bonitas.

Ficamos um bom tempo admirando o aquário principal, que é gigantesco. Tem 3 tubarões baleia (enormes), arraias manta e outras muitas espécies dançando no espaço enorme reservado para eles.

Esse aquário principal é muito famoso, por ter o maior vidro já construído para um aquário. Na verdade ele teve que ser levado em partes e fundido em um no local, por conta do seu tamanho. Dá para ter uma ideia nas fotos. Também dá para ver nas fotos como estava lotado o lugar…

Depois ficamos um pouco no aquário de tubarões. Muito interessante, também.

Saindo do aquário passamos no tanque dos golfinhos, bem na hora de começar um show. O show foi fantástico. Incrível o que os golfinhos conseguem fazer.

O dia foi ótimo, mas estava começando a chover e como a viagem de volta era longa, não ficamos para ver outras atrações do parque.

Voltamos para Naha, jantamos e fomos para o hotel.

Mais um ótimo dia de férias. E um dos últimos…

Castelo de Shuri e Shureido

Segunda, dia 29 (ontem, ou hoje, de acordo com o referencial), acordamos sem hora e fomos ao Castelo de Shuri.

É um castelo bonito, apesar de não ser grande, e que é importante na história do karate.

Uma das primeiras grandes demonstrações públicas de karate se deu nos pátios do castelo e uma foto famosa registra o acontecimento:


Fonte da foto: http://ja.wikipedia.org


Mais uma maquete interessante

Depois do castelo, almoçamos um Soba de Okinawa, prato famoso por aqui. É uma sopa com macarrão um pouco diferente do soba japonês e com carne de porco. Uma delícia…

À tarde passamos na Shureido, uma loja especializada em karate. Ou melhor “a loja” especializada em karate. A mais famosa por aqui, e onde tem algumas das melhores armas e kimonos (o certo é: karate gi) do mundo. Claro, não saímos de mãos vazias…

Ainda terminamos o dia em outro restaurante italiano (ok, a comida japonesa é muito boa, mas é bom variar um pouco). Não tão bom como o de Tokyo, mas realmente ótimo. E do lado aqui do hotel.

E agora, depois de horas botando os posts em dia, tenho que dormir um pouco!

Mergulho em Okinawa

Domingo, dia 28, foi o nosso primeiro dia em Okinawa.

Às 6:30 Dave, que mergulhou com a gente, veio nos buscar no hotel e nos levar para a marina.

Saímos em uma lancha com mais 2 dive masters e mais 5 mergulhadores. A operação não foi da melhor que já tivemos, mas todos eram muito simpáticos e os mergulhos foram ótimos.

O primeiro foi mais difícil, por conta da correnteza, que dificultou um pouco, mas nos 2 a visibilidade chegava a ser ridícula de tão grande. Você via muito longe mesmo.

Embora aqui seja famoso por grandes peixes (arraias manta, tubarões e tubarões baleia), eles gostam de épocas mais frias, então o forte do mergulho não foram os peixes. Mas a cor da água e os corais são realmente fantásticos. Foi uma experiência muito legal.

Nós 2 estávamos com máquina, mas só as fotos da Renata ficaram boas…


Esse sou eu tirando foto (tirada pela Renata)

 

 

Karate e viagem para Okinawa

No dia 27 a gente tinha que viajar para Okinawa à noite, mas ainda conseguimos um programa para o dia.

Antes de sair do Brasil, procurei um campeonato de karate para assistir e encontrei esse grande campeonato japonês, do estilo Kyokushin, com contato total e nocaute. Um dos estilos de karate mais populares por aqui.

O campeonato acontecia em um estádio grande, com telão e tudo mais. Muito bem organizado e com bons os lutadores. Valeu muito ter ido.

Depois pegamos o avião para uma viagem de 2h e meia para Okinawa.

Monte Fuji e Hakone

Esse dia (sexta, 26) foi o único dia de toda a viagem em que usamos uma excursão.

A verdade é que a gente não gosta muito dessas excursões e evitamos sempre que possível. Nesse caso, acho que o melhor era a excursão mesmo. E o passeio foi muito bom.

Partimos de Tokyo para Hakone, onde fica o Fuji, em uma viagem de quase 2h de ônibus. Uma boa surpresa: as cores do outono estão começando a aparecer e já vimos muito vermelho e amarelo pelas árvores na estrada. Muito bonito.

Chegamos até o quinto estágio do Fuji (o último em que se chega de ônibus). Pegamos alguns instantes, quando as nuvens permitiram, onde se via parte do monte e foi muito bonito. As fotos não traduzem, porque a distância e as diferentes luminosidades atrapalham muito. Mas valeu tanto pelo cenário da viagem quanto pelo Fuji, que é realmente muito grande, no meio de um terreno quase plano ao redor.


Vista do quinto estágio


As cores do outono chegando


Um pedacinho do Fuj


Na estrada, a caminho do lago

Do Fuji, íamos a um teleférico nas montanhas e depois a um passeio de barco em um Lago em Hakone. Mas, por conta do trânsito, só conseguimos ir ao lago. O passeio era em um barco grande, imitando uma caravela, e o visual era muito bonito. A vegetação por aqui é muito diferente e as cores nessa época parecem vindas de uma pintura.

As duas últimas 2 fotos foram tiradas do jardim de um museu, nas margens do lago.

Voltando ainda jantamos, em Tokyo, em um dos melhores restaurantes italianos que já comi. Realmente estamos comendo bem por aqui.

 

 

 

A Torre de Tokyo e o Palácio do Imperador

No dia 25 passamos na Torre Tokyo, uma torre criada para transmissões de televisão e turismo. Inspirada na Torre Eiffel (inveja da Deborah e do Carlos?), ela tem 333 metros e é a segunda maior estrutura artificial no Japão.

Ela tem dois observatórios (fomos em ambos). Um a 150 metros e outro a 250. A vista é realmente fantástica. Um mar de prédios.

E ainda tinha uma parte do chão que era de vidro. A sensação de andar em cima disso era muito interessante.

Depois da torre, visitamos o Palácio do Imperador.

Bem, na verdade (como aconteceu lá em Kyoto) o palácio é fechado a visitações, mas os jardins imperiais são incríveis e merecem ser visitados…

Por sorte chegamos na hora da troca de guarda, no que parece ser o portão principal do palácio.

 

 

Museu da espada e dois grandes templos

Quarta, dia 24, começamos o dia indo para o Museu da Espada. Para mim, imperdível.

O museu é pequeno, apenas uma sala, e não são permitidas fotos, mas as espadas são fantásticas. E você segue a exposição em uma linha do tempo, passando por diferentes épocas e estilos de forja da espada japonesa. Uma ótima aula, para quem gosta do assunto.

Perto de lá ficava o Parque Yoyogi, onde fica o Meiji Jingu, o mais importante templo xintoísta do Japão, dedicado ao imperador Meiji e sua esposa.

Algumas fotos do parque e do templo:

Os japoneses quando se casam, normalmente, fazem duas cerimônias. Uma estilo ocidental e outra tradicional japonesa. Quando estávamos no templo estava acontecendo uma cerimônia tradicional e consegui uma foto da noiva entrando no carro. Repare que o teto do carro se abre, porque o enfeite do cabelo é tão grande, que não caberia em um carro convencional 🙂

 

Depois fomos ao templo mais antigo do Japão. O templo budista chamado de Sensoji. O lugar é grande e muito bonito. Era realmente impressionante e tinha o altar mais bonito que vimos por aqui…

De lá passamos na rua Kappabashi Dori, lugar com tudo para cozinha. Lá os restaurantes compram seus utensílios. Compramos duas facas muito boas e vários utensílios. Quando voltarmos para o Brasil a Renata vai tentar fazer algumas coisas que gostamos muito daqui…  gostei da ideia 🙂

 

Anomalia temporal

Uma reflexão: estou realmente atrasado nas postagens?

Hoje aqui no Japão, na verdade é amanhã aí para o Brasil…

Então, quando digo que hoje (ou amanhã) cheguei ao post de ontem (ou hoje), na
verdade não significa que estou, ou estarei, necessariamente atrasado.

Se o post de ontem é na verdade o de hoje, então o post de hoje está pronto desde
amanhã, dependendo do referencial do observador.

Museus e Kabuki

Terça, dia 23, resolvemos fazer o que não conseguimos no dia anterior.

Primeiro fomos ao Museu Nacional de Tokyo. O museu é muito interessante com diversas exposições de arte, armas, escrita japonesa, entre outras coisas.


Vista da janela do museu


Essa é para a Camila: AutoCad do século XIX no Japão (projeto real de uma casa de chá)

Depois passamos no zoológico. Esperávamos mais dele.

Por último, ainda na área do parque, fomos ao Museu Shitamachi. Nesse museu tem um andar com uma reprodução de casas e oficinas reais de um passado distante, com peças e ferramentas reais, que a gente pode inclusive pegar. Um guia explica a história e mostra detalhes, como depósitos escondidos sob tábuas no chão. Muito legal.

Dali fomos para o teatro, perto de Ginza, para assistir ao teatro Kabuki.

Foi uma experiência completamente nova. A gente coloca um fone que faz comentários em inglês sobre o teatro kabuki e traduz o que está acontecendo.

É difícil descrever o que é o kabuki, mas gostei muito de uma explicação que eles mesmo deram. No teatro ocidental, as peças tentam ser realistas e o objetivo da peça é contar uma estória. Normalmente não conhecemos a estória e ela é o ponto central da peça.

No kabuki, geralmente são apresentadas peças antigas, que todos já conhecem os personagens e o enredo. O objetivo não é ser realista, mas ser dramático e o que você vai assistir é uma interpretação. A história não importa. O ator e a sua representação dramática são o foco. A realidade é modificada ou exagerada com a intenção de amplificar a dramaticidade.

Foram 4 horas, com duas peças e no intervalo todos comem obentôs (marmitas), nas cadeiras do teatro. Faz parte da tradição…

PS: com esse post de ontem estou só um dia atrasado nas postagens!